O início das negociações das cláusulas econômicas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos metalúrgicos de Minas foi desastroso. Na última terça-feira, 11, a FIEMG apresentou uma proposta de reajuste salarial desrespeitosa com os trabalhadores.
A patronal propôs um reajuste salarial de 3% em Outubro, 2% em Novembro e 1% em Dezembro. A soma desses números não chega nem perto da inflação acumulada nos últimos 12 meses encerrados em Setembro, que registrou 7,17%.
Para piorar, a FIEMG propôs esse ridículo índice de reajuste condicionado a inserir na CCT cláusula que autoriza trabalho nos domingos e feriados, cláusula sobre aposentadoria por invalidez e redação que não considera tempo a disposição o tempo gasto no deslocamento para realizar trabalho externo, inclusive fora da cidade de lotação.
Na próxima terça-feira, 18 de Outubro, às 15hs, tem nova rodada de negociação. Os metalúrgicos vão apresentar uma contraproposta com reajuste salarial de 10,17%, aplicado no salário de uma única vez.
Das 101 cláusulas que formam a CCT, 68 já foram definidas entre os trabalhadores e a patronal.
FIQUE POR DENTRO!
BOLSONARO AMEAÇA AOS DIREITOS TRABALHISTAS
Bolsonaro recebeu da FIEMG um caderno com propostas de mudanças na legislação trabalhista que visam unicamente retirar ainda mais direitos dos trabalhadores. Veja algumas delas:
TRABALHO DE DOMINGO: FIEMG e Bolsonaro querem flexibilizar o trabalho aos domingos e feriados, sem pagamento de adicional.
SAÚDE E SEGURANÇA AMEAÇADAS: FIEMG e Bolsonaro querem reduzir a fiscalização do trabalho e aumentar a jornada noturna e jornada de motoristas.
FIM DA MULTA RESCISÓRIA DE 40%: FIEMG pediu, mas Bolsonaro já planeja reduzir a multa rescisória de 40% para 20%.
FACADA NO FGTS: Governo já tem estudo pronto para detonar o Fundo de Garantia, reduzindo o recolhimento de 8% para 2%.
MÃES EM RISCO: Bolsonaro quer reduzir obrigações previdenciárias e com auxilio maternidade para mulheres.
