Com a semana de diversidade chegando, viemos trazer um pouco da história do coletivo LGBTQIAP+ de Extrema. Apresentaremos a cada semana um membro do coletivo que vem fortalecendo ações de combate a descriminação, trazendo informação e ampliando os espaços para discussão na sociedade extremense.
A história da Associação ganha destaque no ano de 2021 em sua primeira ação social, na efervescência das lives durante a pandemia, quando não se podia deixar passar em branco a lei municipal recém aprovada que dedicava uma data no mês de fevereiro para celebrar a diversidade sexual. Esse evento online foi seguido de uma roda de conversa na praça central no mês de junho.
Infelizmente no decorrer desse mesmo ano dois assassinatos brutais comoveram toda população da cidade de Extrema. Não há dúvida sobre a homofobia contida na motivação para os crimes que silenciaram com fogo ateado aos corpos, a vida de dois seres humanos.
Isso não podia se repetir. A comunidade precisava se unir, se proteger, se fortalecer e conquistar seu espaço na sociedade. Ser LGBTQIAP+ jamais deverá ser um crime sentenciado com a morte. Quando não a morte física, a morte social. Porque o silenciamento que uma sociedade lgbtfóbica promove todos os dias também é uma forma de matar constantemente.
Em 23 de Abril de 2022 o coletivo promoveu o Festival Arte e Resistência, um evento cultural que trouxe informação, recreação e participação social, reflexões importantes e o começo de uma nova era. Dele um grupo mais maduro e engajado torna-se o que é hoje a equipe administrativa da Associação.
O membro do coletivo desta semana é Renan, “eu sou gay, moro em Extrema há 2 anos e faço parte do conselho administrativo da associação Coletivo LGBT de Extrema.” Seu papel na associação é auxiliar na elaboração e execução de projetos, que conforme Renan, aos serem realizados trazem para ele um sentimento imenso de realização, lembrando que todo seu trabalho e dedicação junto a associação é realizado através do voluntariado.
A Semana da Diversidade LGBT+ inicia na quarta-feira, dia 2 de agosto, e termina no dia 5 de agosto, com 2º Festival LGBTQIAPN+ de Extrema. De acordo com Renan, esse ano o coletivo está organizando várias ações “e elas são muito importantes pois elas trazem visibilidade para nossa causa.”
Renan, enfatiza a importância destas ações, “Eu acredito que é muito importante que a gente utilize a cultura e apoie os artistas locais, e que essa cultura venha com uma mensagem que ela seja uma ferramenta de educação.No coletivo nós lutamos por aqueles que não tem oportunidade de lutar e por aqueles que já se foram, nosso festival está amparado por lei e para nós é muito importante que a sociedade nos olhe nesse momento.”
Para maiores informações, siga o coletivo nas redes sociais: @coletivolgbtextrema
